Meu caderno favorito

Desde criança sempre gostei de escrever. Quando comecei na escola, fiquei encantada com os cadernos que usava para fazer anotações e exercícios. Lembro-me do cheiro do papel, do som de marcar as folhas com lápis, das capas coloridas e dos adesivos que usava para personalizá-los.

Ao longo dos anos, tive vários cadernos, mas um deles em especial sempre se destacou em minha lembrança. Foi o meu caderno favorito da escola primária. Tinha uma capa amarela com desenhos de animais e pássaros, e o fecho era um elástico verde que segurava tudo em seu lugar.

Para mim, aquilo era mais do que um simples caderno, era um mundo de possibilidades. Nele eu escrevia histórias, poemas, desenhava e até colava folhas secas que encontrava no parque. Cada página era especial e eu as guardava com cuidado.

Um objeto que carrega lembranças

À medida que os anos passavam e eu crescia, o meu amado caderno acabou ficando guardado em uma caixa de lembranças, mas nunca esquecido. Foi somente anos depois que encontrei-o novamente em uma releitura de minhas coisas pessoais.

Ao começar a ler as palavras que havia escrito, as imagens e histórias que lá estavam guardadas vieram em minha mente como viva memória. As preocupações de uma criança de 10 anos, seus medos e sonhos eram expressos ali de uma forma tão inocente e ao mesmo tempo tão sincera.

Em cada página, encontrei desenhos que eu havia esquecido que tinha feito, frases de amigos que já não vejo mais, momentos felizes juntos, e até mesmo informações sobre a escola e a minha rotina diária. Fiquei maravilhada com o poder que aquele caderno tinha em me fazer sentir como se eu pudesse voltar no tempo e reviver todos aqueles momentos novamente.

Um objeto memorável

Hoje, mais do que nunca, o meu caderno favorito se tornou um objeto memorável em minha vida. Ele me lembra de como é importante valorizar as nossas memórias e de como as pequenas coisas podem se tornar tão grandes na hora certa.

Esse caderno me fez perceber como a escrita pode ser uma forma poderosa de autoexpressão e de registro de informações. Com ele, aprendi a colher momentos da vida, e escrevê-los de uma forma tão viva e interessante, que seja capaz de me transportar para aqueles momentos sempre que precisar.

Conclusão

Meu caderno favorito se tornou muito mais do que um objeto material para mim, ele é uma peça de minha história de vida. Carrega inúmeras lembranças e histórias que só foram possíveis serem revividas por causa dele. Hoje em dia, eu ainda escrevo em cadernos e diários, mas nenhum deles nunca será capaz de substituir o meu caderno favorito. Ele sempre será uma fonte interminável de memórias e um tesouro a ser guardado com carinho e cuidado.